sexta-feira, 13 de abril de 2012

A história de um Clown - parte 4

Música...


Tão simples. Dispensa explicações.


Tão poderoso elemento, construtor, restaurador ou
destruidor.


Manipuladora em essência. Ao ligarmos seus sons
celestes, desligamos o mundo, que agora se encontra
atrás de nós.


Faz os homens sorrirem. Faz os homens chorarem.


Todavia, interinamente, a música com todas as suas
vicissitudes, na sua forma mais bruta,


sempre conta uma história.


A voz do clown é arte, é filosofia. Mas sem o ritmo
da música, é vazia.


Os nossos melhores momentos, e os nossos piores
também, são sempre contados regidos pela música.


Qual dos senhores não lembra do seu primeiro amor?
De como o peito parecia explodir, e o coração não
sabia como desligar aquela torneira de água gelada
que o banhava?


Ou, quais dentre vós não lembram da dor de uma
traição? Seja de um cônjuge ou... de um amigo?


Lembram das lágrimas apenas compartilhadas com o
travesseiro, nas noites mais escuras?


Eu lembro das minhas.


Cada singelo momento.


Amigos juntos, com promessas de eterna união;
namorados apaixonados, com o medo de perderem-se
mutuamente; A dor da separação, a alegria do
reencontro!


Regidos sempre por uma música.


Mesmo que silenciosa.


Eu Não conheço vocês. Não sei os seus nomes,
nem muito menos quais suas posições na sociedade.


Mas estou interessado nas suas histórias!


Nenhum dos senhores por mais alta ou baixa estima,
por mais alta ou baixa idade, ou por abundância de
experiências ou ausência destas,


é insignificante.


A história de cada um é única. É individual.
É um mundo musical mesclado entre sonhos e
realidade.


E a sua história sempre tem valor para alguém.


Sou um clown. Um contador de histórias. E se vocês
me contarem um pouco das suas, seus medos, suas
alegrias, suas vontades.


Lhes contarei a minha também.


E lhes contarei ainda a maior de todas as
histórias.


A história do homem que dividiu a História.
E que quer fazer parte da sua.


Quem sabe, no final,


Não transformemos a história das nossas vidas,


na mais bela das canções?


Viver & Cantar