sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A história de um Clown - parte 3

Mais uma vez, me encontro mergulhado em minhas
próprias reflexões.


Mas antes de fazer vir à tona estes pensamentos que
me deixam sobremodo nostálgico, permitam-me fazer
algo peculiar à minha natureza.


Permitam-me contar-lhes uma história


Uma história que toma um lugar especial no meu
coração.


Certa vez, um homem resolveu juntar um grupo para
roubar um banco.


Só que as coisas não deram muito certo, e eles
acabaram sendo capturados. Os companheiros deste
homem o delataram como 'líder' do grupo. Ele,
prontamente, foi levado ao tribunal onde seria,
sem dúvida, julgado sob pena mais severa que os
outros.


No tribunal, o julgamento estava para se iniciar e
tomar o seu rumo natural.


O réu, a princípio, questionava-se com uma forte
angústia no peito se haveria uma possibilidade
sequer de ser absolvido, posto que fora pego em
flagrante.


Todavia, quando o juíz se apresentou e tomou o seu
respectivo posto para dar início à tribuna, as
atenções do jovem réu mudaram totalmente de foco!


Ele não estava mais pensando por quantos anos
ficaria em uma prisão qualquer, ou nos maus tratos
que sofreria. Nem sequer se passava mais por sua
cabeça questões relativas a si mesmo.


Subitamente, apenas um pensamento tomou conta da
sua aterrorizada mente:


"Eu conheço este homem!" sussurrou com os olhos
fixos no juíz que, agora assentado, dava início ao
juízo.


"Eu conheço este homem!" repetia a si mesmo
enquanto o julgamento seguia comumente. "Mas de
onde?".


A dúvida o atormentava mais do que o tribunal em si.


Passou todas aquelas longas horas em que foram
chamadas intermináveis testemunhas, onde advogado e
promotor se degladiavam entre objeções e jogos de
palavras, simplesmente distraído tentando lembrar
de onde conhecia o seu próprio julgador.


Finalmente, terminam os argumentos, as testemunhas
e o julgamento.
Todos se colocam de pé para o anúncio pontualizador
do juíz.
Quando, de repente...


"UM MOMENTO!"


Gritara o réu eufórico, "UM MOMENTO,
MERITÍSSIMO! EU TENHO ALGO A DIZER ANTES DA
SENTENÇA FINAL!"


"Pois então pronuncie-se."


"EU CONHEÇO O SENHOR!"


Espanto toma conta do público presente


"Como é essa história?" pergunta o juíz com certo
tom de alteração na voz.


"EU LHE CONHEÇO!" responde, ainda mais eufórico,
o réu.


"Eu não me lembro de você..."


"HÁ 20 ANOS ATRÁS, EU ESTAVA JOGANDO BOLA NA RUA
COM MEUS AMIGOS! Por um descuido meu, chutei a bola
muito forte e ela foi parar num laguinho próximo
dali! eu então, estabanado como qualquer criança,
não pensei duas vezes e me atirei no lado em busca
da bola.
Só que eu não sabia nadar!"


"Enquanto me afogava, percebi o vulto de um carro
que parou ali perto, e o vulto de um jovem em
trajes sociais que se atirou no lago por mim!
este jovem me salvou do afogamento, e cuidou de mim
até que chegasse o socorro."


"Esse jovem me salvou. E esse jovem foi o senhor!"


Silêncio no tribunal


Sem desviar a atenção ao juíz, o réu, após uma curta
pausa, prosseguiu:


"Quando eu tinha 7 anos, o senhor me salvou. E
agora, com 27 anos, eu estou aqui de pé, na sua
frente novamente, implorando que o senhor me
salve de novo!"


Todos, sem exceção, olhavam atentos para o juíz,
em absoluto silêncio.


Após um momento, que pareceu uma eternidade,
o juíz lentamente retira os seus óculos, olhando pra
baixo,
E com os olhos marejados, exclamou:


"Há 20 anos atrás, eu fui o seu salvador. Agora, eu
sou o seu juíz. E eu o declaro culpado".




Essa história me remete ao cristianismo.
"Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho
unigênito para que todo aquele que nEle crê não
pereça mas tenha a vida eterna" é o que está
escrito em Seu livro.


Mas, quando me aprofundei nesse texto, descobri que
o Amor de Deus não tem prazo de validade de fato,
só que Ele é amor na mesma proporção que é justiça!


Deus disse que não perecerá todo aquele que nEle
crê. Quem não crê, logicamente perecerá.


Deus é mau? Deus mata pessoas?


Penso que não. Ele também diz na Sua Palavra, a
bíblia, que preparou a punição da morte eterna ao
diabo e a seus anjos (Mt25:41), e nunca a um ser
humano.


Ele vem pra destruir o mau, mas as pessoas que
escolherem ficar agarradas a esse mau, acabarão
sendo destruídas com ele, porque Ele é justo e quer
criar um mundo onde mães não choram pelos filhos
que partiram vitimas da crueldade e filhos não
ficam desamparados e sozinhos porque seus pais é
quem partiram.


Esta é a minha fonte de nostalgia: A bíblia.
Desde quando comecei a estuda-la, meu coração se
enche de dúvidas e certezas.


Será que ela está certa? Posso provar sua
veracidade? Quem é Deus?


Por enquanto, a certeza que posso tirar desta
história é que Deus já me salvou uma vez.


Mas a escolha de aceitar essa salvação, ou me
encontrar como culpado na Sua frente, no final do
julgamento,


É, unicamente, minha.

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